domingo, 3 de outubro de 2010

Somewhere and nowhere

A maioria das pessoas que eu conheço odeia aeroportos pelo simples fato que eles lembram horas de espera, intermináveis filas de check in e se tratando do aeroporto de Vitória, bem, quem conhece nem precisa de explicação da razão das pessoas detestarem. O local parece um CD: é feio, pequeno e apertado. A 25 de Março, em São Paulo é "susse"perto da muvuca que se forma quando chegam dois voos e só uma esteira para pegar as malas.
Anyways, eu simplesmente amo aeroportos. Eles tem comida, sofás confortáveis, internet, roupas e maquiagem e em alguns, até salinha para cochilo. Isso sem contar com aquele ar imponente e seguro. Aqueles corredores imensos e altos, de estrutura metálica branca  e vidros que vão do chão ao teto. E quando você olha para fora, sente a liberdade.
Pelo menos é assim que eu vejo. Eu me sinto em casa, e olha que nem vaijei tanto assim, mas como disse no psoto anterior e dando uma de pseudo terapeuta de bar, acho que o aeroporto me deixa mais próxima da minha única e verdadeira paixão, que é viajar.
Seja de mala, de mochila, de carro, de busão ou nas alturas, eu amo estar "between". É, pois quando você está viajando, está entre dois destinos, entre duas cidades e duas vidas. Eu amo isso. Quando estou ali dentro, parece que todos os problemas vão embora e a única preocupação é se deixar levar literalmente pelo destino- em ambos os sentidos.
Já o avião me dá calafrios. Depois que eu tive uma frustante tentativa de ver o peixe Nemo nas profundezas no mar australiano, meu tilte claustofóbico piorou.Sempre que entro em um avião, primeiro penso que vou morrer. Quando aquele trambolho começa a fazer barulhos não identificavéis, aí eu começo a orar, pois tenhho certeza que vou morrer. É sempre bom estar com as orações em dia nessa hora. Não é drma, that is just the way it is.
Isso quando não me falta o ar- momento claustofóbico, uma agonia só. Odeio aviões, mas amo aeroportos.
É tipo amar homens e odiar mentiras. Se você quer um, o outro vem no pacote.
Aiai, acho que poderia viver em um aeroporto, como aquele filme, era com o Tom Hanks, não? Porque aí eu estaria sempre em trânsito para algum lugar, e eu amo esta sensação de estar somewhere and nowhere at the same time.

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